ACONTECIMENTOS NO "PAÍS DE SOCRATES" ....
O congresso do Partido Socialista segue em viagem de cruzeiro, interrompido por vezes devido ao aparecimento de um qualquer carismático que lembra a "Sócrates" que a vida do País não é uma maravilha como ele apregoa, e lhe deixa recados da vida cotidiana, ou seja do que se passa na realidade nas "ruas" deste país ..........
No segundo dia do congresso lá apareceu um destes homens, Manuel Alegre, que lhe lembrou que a solidariedade deve ser o simbolo que imortaliza uma grande figura.
Foi preciso este grande combatente pela liberdade vir a público, em pleno congresso, alertar para as dificuldades da população do país real .....
"Esta é uma hora difícil e eu não consigo fazer o discurso da auto satisfação. Há 2 milhões de portugueses no limiar da pobreza, três milhões a viver em casa sem conforto nem condições e, apesar dos novos 48 mil empregos, cerca de meio milhão de desempregados, muitos outros em trabalho precário, milhares de jovens na incerteza do primeiro emprego, muitas mulheres que continuam a ser discriminadas "
Deixo aqui onde ler toda a moção que ele apresentou ao congresso.
"Não há só a dívida do Estado, há o défice social"
http://www.manuelalegre.com/index.php?area=1420&id=1011
Mas o que mais me deixou á beira de um ataque de nervos foi o ar cínico, de desprezo, eu sei lá como qualificar o sorriso com que José Socrates brindou este embaixador do país da miséria ao congresso do país de "Socrates".
Mas não foi só Alegre que se insurgiu contra esta política de falta de solidariedade para com a população deste país.
Também houve a moção de Helena Roseta e José Leitão.
"Solidariedade e cidadania"
http://pscidadania.paginas.sapo.pt/mocao_solidariedade_e_cidadania.pdf
Para temas de maior reflecção sobre como a oposição democrática, sem ostracização do militante, se desenrrola no Partido Socialista deixo-vos aqui um blog interessante.
http://solidariedadeecidadania.blogspot.com/
Bom creio dexar ao leitor muito que ler e refletir sobre a forma e o porquê de tanta agitação nas ruas deste país amargurado mas vivo, onde uma grande maioria, ao contrário da opinião do Primeiro Ministro, combate e luta pela mudança desta política de direita.
Deixo ainda aqui uma palavra de agradecimento a Manuel Alegre pela defesa que ele fez dos funcionáris públicos na sua moção.
"Nós não somos o Compromisso Portugal, que propõe o despedimento de 200 mil funcionários públicos e exige sacrifícios aos portugueses que os seus membros jamais seriam capazes de fazer. Nós não somos de direita. E por isso não é preciso criar um clima negativo contra os funcionários públicos para legitimar a reforma da Administração Pública. Pelo contrário: a reforma terá de ser feita com os funcionários e não contra eles. O método é importante. E é no método e no estilo que também se deve afirmar a diferença do Partido Socialista"
Esta reflexão sobre o "País de Socrates" já vai longa, fico por aqui.
Fique bem.
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