segunda-feira, março 05, 2007

Novas do "país de Sócrates" ....

Senti uma enorme angustia quando hoje houvi a notícia de que "Calendário de construção do novo aeroporto da Ota pode ser antecipado" tal como vem noticiado no Jornal Público.
http://www.publico.clix.pt/Economia/noticia.asp?id=1287392
E porque senti tal coisa, porque num país onde grassa a pobreza continuamos como no passado a ter ideias megalómanas.
O que importa é construir grandes infra-estruturas como aconteceu com os estádios de futebol, para hoje estarem ás moscas, em lugar de matar a fome á população.
Este governo formado por personalidades que se alhearam á muito da realidade portuguesa vem de novo com ideias que não enchem a barriga a ninguém, a não ser enriquecer uma pequena minoria mais uma vez.
Vejamos o que o senhor ministro diz a dada altura.
"O ministro Mário Lino afirmou hoje que o governo antecipará o mais possível o calendário de conclusão das obras do aeroporto da Ota, explicando que já vai avançar a rede de transportes envolventes."
Pois eu concordo plenamente com ele quanto á urgência de termos um enorme aeroporto, pois não deve faltar muito para os grandes aviões da ajuda alimentar começarem a fornecer ajuda aos portugueses.
É este o ministro que nos quer empurrar mais para baixo no ranking dos países mais pobres da Europa.Em 27.02.2007 o Jornal Público noticiava assim "Portugueses entre os mais pobres da União Europeia " onde se informava que éramos dos países mais pobres da Europa.
Em dado momento dizia-se o seguinte "Entre os Vinte e Sete países da União Europeia (UE), apenas a Polónia e a Lituânia estavam em pior situação, com 21 por cento de pobres. Estes são, no entanto, países com níveis de riqueza particularmente baixos: o produto interno bruto (PIB) por habitante da Polónia ascendia no mesmo ano a 50,7 por cento da média comunitária e o da Lituânia a 51,1 por cento. Em Portugal, o PIB por habitante representava na mesma altura, 74,8 por cento da UE.".
Como podemos ver estamos mesmo mal, então para quê novos aeroportos TGV e outras meloganias?
O que era necessário era criar condições para retirar cerca de 2 milhões de habitantes que vivem em situações de miséria, segundo o deputado Manuel Alegre aquando das suas intervenções na anterior campanha para a presidência.