terça-feira, fevereiro 12, 2013

Nova reflexão sobre o neoliberalismo

Hoje, dia de Carnaval, vou deixar-vos mais um pequeno texto com algumas considerações, dos professores universitários Joselito Viana de Souza e Ilma Fernandes Tosca Viana, sobre o neoliberalismo, e a forma nefasta como têm sido aplicados pelo FMI ao longo dos século XIX e XX, e na actualidade como o que se vem passando na Europa do Sul, Portugal, Grécia, Espanha, Itália, e Irlanda, levando os Povos á miséria, ao desemprego desenfreado e á baixa do custo do trabalho, sem que aprofundem o porquê do endividamento, na sua maioria por especulação imobiliária, caso da Islândia e Irlanda, e bancária, sem que as dívidas sejam declaradas “dívidas odiosas”, felizmente na Islândia foi declarada como tal.

Eis o que pensava “Perry (1996) destaca que em 1991 a dívida foi enorme em quase todos os países ocidentais, o que provocou uma grande recessão, e levou a um desemprego para torno de 38 milhões de pessoas. Mesmo assim, o neoliberalismo continuou com vitalidade em diversas nações que o implantou.

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 Vale ressaltar que o berço do neoliberalismo entre nós foi o Chile, na década de 70, através de Pinochet, cuja inspiração foi dada por Friedman. Instalados sob uma ditadura cruel, as suas principais ações foram: 


 • a desregulação,


 • o desemprego em massa,


 • a repressão sindical,


 • a redistribuição de renda


 • a privatização dos bens públicos.


 Na América do Sul, dentre os países que aplicaram o neoliberalismo nestas duas últimas décadas, três se destacaram: a) Argentina, o México e o Peru. Dentro deste contexto, Perry (1996) comenta: 


a) somente os governos autoritários podem impor o êxito polí-tico dos neoliberais na América Latina; 


b) O neoliberalismo fracassou quanto à questão da revitalização econômica; 


c) E que o seu sucesso só ocorreu nas áreas política e ideológica e sociais, aumentando paradoxalmente as desigualdades; 


d) O neoliberalismo alcançou um êxito maior do que o previsto pelos seus autores; 


e) E que qualquer análise atual do neoliberalismo é provisório, pois este movimento tem apenas quinze anos nos países mais ricos.”


Como podemos analisar neste pequeno texto nada de bom se afigura para a Europa, dominada pelas crenças luteranas da frau Merkel e seus seguidores neoliberais dos países do norte e com a bajulação de “pequenos” políticos como os nossos Pachecos Gaspar, Passos Coelho e o Dr. Relvas, e restantes “Pachequinhos”.
Assim sendo só nos resta lutar, manifestando nas ruas e em próximas eleições o nosso descontentamento e revolta pela forma como vimos sendo governados.
E confirmamos que as Troikas nunca fizeram nada em proveito dos Povos intervencionados, sendo a incumbência destes economistas de terceira linha proporcionar aos mais ricos uma maior diferenciação entre ricos e pobres, o número de pobres aumenta em relação a uma pequena maioria de ricos, cada vez mais ricos.
É pena que a muitos dos comentadores que passam pelas rádios e televisões se aproximem destes “troikas” na sua pequenez de ideias, salvo raras excepções como João Ferreira do Amaral, Luís Bento, Eugénio Rosa, e mais alguns, mas poucos, outros dão uma no “cravo” e muitas na ferradura.   
Ainda hoje, o professor de economia Luís Bento, falava para a Antena 1 sobre o facto do Governo de Passos Coelho não ter dado tolerância de ponto nesta época do Carnaval, como uma imposição estranha já que retirou á economia do País uma oportunidade de realizar algum crescimento económico para a economia interna e, uma falta de respeito para com as diferentes autarquias onde a economia gira em volta deste evento.
No entanto a minha convicção é de que devemos ouvir todos e ler os possíveis, para percebermos de quantos economistas neoliberais este governo está rodeado.
Como podemos ver este tema está atualizadíssimo.
Fiquem bem.