Passos o Povo está em luta ...
É com alegria que vejo o Povo, jovens e menos jovens, mais culto que que em 1974, mas com a mesma atenção para o combate politico pelos direitos e deveres que devemos usufruir e respeitar para com uma sociedade evoluída que este Governo de Pachecos que nos vai atirando para a miséria financeira, cultural e de vida, quando todos os políticos, sim políticos com carreira formada na vida partidária e, não na escolinha dos partidos, os mesmos políticos que deram cobertura a estes "meninos" que hoje nos estão a tirar o gosto pela vida, dizem sem rodeios que o programa ideológico que os nossos governantes estão a aplicar só nos vai levar a maior miséria..
Foi com agrado que li um artigo de um desses políticos sobre o neoliberalismo com que estes Pachecos de bandeira nacional na lapela se intitulam, o artigo tem como titulo "O que é o neoliberalismo" não posso deixar de gostar do que este cristão-democrata diz quando afirma que estes Pachecos na sua vingança cega contra as classes trabalhadoras se começam a perfilar á direita das velhas ditaduras que atravessaram o velho continente durante o século XX, chegando ao ponto de afirmar que começam a ter medidas mais promiscuas que as de Salazar na sua semantica ideológica fascista, à que tirar aos pobres para enriquecer cada vez mais os ricos, se este povo que sai à rua ao revés das forças organizadas, sindicatos e partidos políticos não rebentar com todo este sistema caduco de personagens que à sombra dos partidos do "centrão", PS/PSD/CDS, proliferam, e se os partidos de esquerda não se lhes juntarem sem outro objectivo que não seja o da partilha de ideais então caminharemos para as noites negras do fascismo.
Mas se estes movimentos organizados, sindicatos e partidos políticos não estiverem atentos o poder civil organizado em movimentos apartidarios onde o povo se começa a demarcar ostensivamente dos políticos pela forma pouco interessada nos problemas das populações e mais interessados nos seus interesses corporativos pode surgir a qualquer momento uma figura "sebastianista" numa qualquer madrugada de nevoeiro e levar a população descontente para ideias utópicas que só irão subverter a democracia conquistada com o 25 de Abril de 1974.
É sobre este tema que o sociólogo Boaventura Sousa Santos se debruça num artigo "À procura de sujeitos políticos", onde antevê que para a restauração e aproximação ás classes contestantes da nossa sociedade que vive em turbulência devido às dificuldades que os mesmos Pachecos que quando da queda de Sócrates diziam que iam dar ao Povo aquilo que o PS tinha feito de mal, são os mesmos que agora estão a levar o País para a rota da miséria e da recessão, empenhando todos os dias mais e mais da nossa soberania e ele a dada altura antevê que o BE consiga abandonar a radicalização de ideais trotskista e maoista e o PS volte ás origens não com José Seguro mas, com um líder tirado de uma qualquer cartola de mágico, o que eu acho difícil de acontecer dada a mesma "universidade partidária" de onde saíram os políticos do PS, na retórica do PSD ou do CDS, e porque razão deixou de fora nesta sua analogia em relação ao PCP, talvez porque este seja também um partido que ao contrário do que se diz não esteja tão próximo das massas como seria de esperar num partido marxista, continuam a pensar como à muitas décadas atrás, e quando se diz que se têm de aproximar de outras mentes com ideias diferentes mas que buscam objectivos que por vezes são comuns torcem o nariz e afastam-se, talvez porque a base de apoio esteja envelhecida, tendo no entanto muitos jovens nas suas fileiras,
Viu-se este afastamento em relação ao congressos que se realizou no dia 5 de Outubro na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, onde o PCP não se fez representar, mais uma vez digo que o PCP tem de se abrir à sociedade civil sem ter como objectivo angariar aderentes para as suas ideais mas trocar com a sociedade civil esses ideais, e deixar de expurgar alguns bons quadros só porque a dada altura começaram a ver a sociedade com outros olhos.
Fiquem bem
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