Os fanáticos que nos governam não ouvem nada nem ninguém ...
Todos os dias nos chegam notícias de personalidades ou entidades idóneas que alertam os fanáticos que governam Portugal para a forma como as medidas que aplicam ao Povo português e que só tem aumentado a recessão.
Desta vez foi o Conselho das Finanças Públicas, Teodora Cardoso, sobre a reforma do Estado ...
"Com a instituição da democracia, Portugal consagrou o ideal de uma sociedade inclusiva e equitativa, em que os cidadãos participassem nas escolhas coletivas, através dos seus representantes eleitos. Esse ideal permanece, mas realizá-lo exige reforçar a qualidade e a eficácia das políticas adotadas, o que supõe assegurar racionalidade e coerência a essas escolhas coletivas.
Esta não é uma questão trivial. Em primeiro lugar, como sublinhava Samuelson, não basta agir com boas intenções ou consagrá-las na lei: é necessário ter em conta as consequências de cada ato, não só as diretas e imediatas, mas também as indiretas e as que só mais tarde se manifestam. Um importante obstáculo a vencer neste domínio resulta da assimetria de informação com respeito aos custos e benefícios das diferentes medidas de política. Mesmo num sistema que garante a liberdade de informação e abstraindo da influência de grupos de interesses, essa assimetria pode favorecer a aprovação de decisões cujos efeitos vêm a revelar-se opostos às intenções que as motivaram. Uma explicação para essa incongruência consiste no facto de, com frequência, os benefícios das políticas serem mais clara e imediatamente visíveis do que os respetivos custos. A relativa brevidade dos mandatos políticos em democracia reforça a necessidade de ter em conta esta assimetria que, no entanto, não seria remediada por mandatos longos, os quais, por seu turno, facilitariam a captura do poder por grupos de interesses."
O CFP faz também uma análise pouco abonatória do OE2014, isto é, que o caminho será ainda mais longo do que o que é sugerido pelos nossos governantes ....
"O Orçamento do Estado para 2014 será o último a ser aprovado ao abrigo do Programa de Assistência Económico e Financeiro (PAEF) acordado na primavera de 2011 para vigorar durante um período de três anos, que expira em junho de 2014. A proposta de Orçamento do Estado para 2014 (POE/2014) tem, por isso, como finalidade explícita assegurar a conclusão desse Programa no prazo previsto. Tal implica o cumprimento das metas a que o país se obrigou, mas também a entrada no que a POE/2014 designa por “um novo ciclo de consolidação duradoura e de crescimento económico”, condições essenciais para restabelecer a confiança junto dos credores, nacionais e internacionais, assegurando que o Estado português retoma o acesso aos mercados financeiros com vista ao financiamento e gestão da respetiva dívida. Porém, para além das metas assinaladas na POE/2014, será essencial estabelecer, perante os mercados financeiros e os cidadãos em geral, a convicção de que um novo ciclo implica o compromisso com a redução sustentada do fardo que a dívida pública representa para a atividade económica"
Fiquem bem.
Desta vez foi o Conselho das Finanças Públicas, Teodora Cardoso, sobre a reforma do Estado ...
"Com a instituição da democracia, Portugal consagrou o ideal de uma sociedade inclusiva e equitativa, em que os cidadãos participassem nas escolhas coletivas, através dos seus representantes eleitos. Esse ideal permanece, mas realizá-lo exige reforçar a qualidade e a eficácia das políticas adotadas, o que supõe assegurar racionalidade e coerência a essas escolhas coletivas.
Esta não é uma questão trivial. Em primeiro lugar, como sublinhava Samuelson, não basta agir com boas intenções ou consagrá-las na lei: é necessário ter em conta as consequências de cada ato, não só as diretas e imediatas, mas também as indiretas e as que só mais tarde se manifestam. Um importante obstáculo a vencer neste domínio resulta da assimetria de informação com respeito aos custos e benefícios das diferentes medidas de política. Mesmo num sistema que garante a liberdade de informação e abstraindo da influência de grupos de interesses, essa assimetria pode favorecer a aprovação de decisões cujos efeitos vêm a revelar-se opostos às intenções que as motivaram. Uma explicação para essa incongruência consiste no facto de, com frequência, os benefícios das políticas serem mais clara e imediatamente visíveis do que os respetivos custos. A relativa brevidade dos mandatos políticos em democracia reforça a necessidade de ter em conta esta assimetria que, no entanto, não seria remediada por mandatos longos, os quais, por seu turno, facilitariam a captura do poder por grupos de interesses."
O CFP faz também uma análise pouco abonatória do OE2014, isto é, que o caminho será ainda mais longo do que o que é sugerido pelos nossos governantes ....
"O Orçamento do Estado para 2014 será o último a ser aprovado ao abrigo do Programa de Assistência Económico e Financeiro (PAEF) acordado na primavera de 2011 para vigorar durante um período de três anos, que expira em junho de 2014. A proposta de Orçamento do Estado para 2014 (POE/2014) tem, por isso, como finalidade explícita assegurar a conclusão desse Programa no prazo previsto. Tal implica o cumprimento das metas a que o país se obrigou, mas também a entrada no que a POE/2014 designa por “um novo ciclo de consolidação duradoura e de crescimento económico”, condições essenciais para restabelecer a confiança junto dos credores, nacionais e internacionais, assegurando que o Estado português retoma o acesso aos mercados financeiros com vista ao financiamento e gestão da respetiva dívida. Porém, para além das metas assinaladas na POE/2014, será essencial estabelecer, perante os mercados financeiros e os cidadãos em geral, a convicção de que um novo ciclo implica o compromisso com a redução sustentada do fardo que a dívida pública representa para a atividade económica"
Fiquem bem.
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