quarta-feira, janeiro 27, 2016

Xenófobia ou ideias fascistas?

O fascismo nasceu em Itália pela mão de Mussolini, o nazismo pela mão de Hitler ...
E que dizer da decisão do Parlamento Dinamarquês em aprovar o confisco dos bens dos refugiados ou puramente migrantes que se deslocam através das fronteiras da UE, fugindo da guerra, da miséria e da fome, ou pura e simplesmente procurando uma vida melhor.
Migrações sempre as houve, e nós portugueses somos fruto disso mesmo, assim como o resto da Europa. Mas, passados 71 anos sobre o holocausto dos judeus, onde os nazis e não só, confiscavam os bens dos judeus, não só dos que iam para os fornos crematórios como os que sobreviviam.
A Dinamarca através de uma proposta do Governo configura uma mesma atitude.
Concordo com Martin Schulz quando diz que não tem o mesmo peso do confisco durante o Holocausto, mas mesmo assim é reprovável e perigoso, este roubo que se avizinha.
No entanto, o maior perigo que a Europa tem neste momento fora as possibilidades de novos ataques suicidas dos jihadistas, é a sua desfragmentação com origem nas politicas xenófobas de países como a Dinamarca, Suíça, na Alemanha a Baviera e Bade-Vurtemberga, a Holanda também cobra a quem foge da guerra e da fome, como se a solidariedade fosse adquirida comercialmente.
Outro perigo é a o medo que desce da pirâmide em que se formaram os Estados, ou seja, o medo já não se situa só na base, ou seja, nas populações, mas sim nos corpos dirigentes, Governo e parlamentos, a que se pode designar de "Politica do medo" ...
As migrações, que pela fuga das guerras, quer pela fuga da miséria e da fome, não se param com muros de rede ou de betão.
Os europeus tanto criticaram o Muro de Berlim que o deitaram a baixo unindo duas Alemanhas diferentes politicamente mas um mesmo Povo, mas as diferenças económicas não melhoraram desde a sua queda.
Por último dizer que os jihadistas que têm cometido atentados bombistas ou outros actos criminosos na Europa, nomeadamente em Paris, foram cometidos por filhos de imigrantes de 2ª e 3ª geração nascidos e criados na Europa, integrados mas marginalizados por politicas de deficiente integração social.
Fiquem bem.