sexta-feira, março 22, 2013

As rescisões "amigáveis" na função pública ...

Porque pretende o Governo neoliberal de Passos Coelho e Gaspar pretendem negociar rescisões com os Funcionários Públicos, quando as saídas até ao final de 2012 foram na ordem dos 20.000 por ano desde 2005.
Podemos ver que entre 2005 e 2010 o Estado perdeu 80 mil funcionários, uma média de cerca de 17 mil por ano ...

""Prossegue, assim, a inédita redução do universo de trabalhadores em funções públicas que tem vindo a ocorrer, sistematicamente, todos os anos desde 2005", lê-se no comunicado do Ministério das Finanças. Segundo os últimos dados oficiais, entre 2005 e 2010 registou-se uma redução de cerca de 80 mil funcionários públicos da administração central."

Se continuarmos com a análise dos seguintes anos, vemos que em 2011 ...

"O Estado perdeu mais de 28 mil trabalhadores de 2011 a 2012. O número de trabalhadores nas administrações central, regional e local recuou 4,6%, permitindo ao Governo ultrapassar a meta de redução prevista no memorando de entendimento e que apontava para um corte de 2%.



De acordo com o boletim estatístico publicado nesta sexta-feira pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público, no final do ano passado, as administrações públicas empregavam 583.669 trabalhadores."
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Em 2012 saíram 50 mil funcionários ...., e existem para 2013 40 mil a aguardar guia de "marcha" para a reforma ...

""Fomos informados de que, até 31 de Dezembro de 2012, tinham já saído da Administração Pública mais de 50 mil trabalhadores, e que estão neste momento cerca de 40 mil processos de aposentação a aguardar despacho por parte da Caixa Geral de Aposentações, sendo que alguns destes processos estão pendentes há mais de um ano", avança a FESAP em comunicado.

Em Fevereiro, o Diário Económico noticiou que a avalanche de requerimentos de reforma que entraram nos serviços da CGA no final do ano passado (25 mil no último trimestre), devido ao aumento da idade da reforma para os 65 anos, fez aumentar o tempo de espera entre o pedido e a aprovação das pensões que é agora, em média, de cerca de um ano. Já antes, o Diário Económico tinha avançado que, em Dezembro do ano passado, havia cerca de 34 mil requerimentos a aguardar aprovação, dos quais 25 mil eram de reformas antecipadas."
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Se fizermos contas podemos perceber que saíram em média cerca de 20 mil trabalhadores.

Por tudo isto algo de suspeito se passa neste novo ataque aos trabalhadores do Estado, pois é de todos conhecido o défice de trabalhadores em determinados serviços públicos ...

E o algo de suspeito que se adivinha é a entrega de determinados serviços públicos ao sector privado, á contratação de trabalhadores de empresas de trabalho temporário, etc ... dos amigos do neoliberalismo.

Fiquem bem.