quarta-feira, junho 04, 2008

O "país de Sócrates" e a contestação

Tem vindo a acentuar-se a contestação a este Partido Socialista mais "social-democrata" que tivemos nos pós 25 de Abril, é ver as manifestações que até hoje foram desfilando pelas avenidas da capital, que se têm organizado pelo país fora, são professores, funcionários públicos, os partidos contestando a tentativa do PS de transformar por via legislativa a bipolarização total do parlamento, não esquecer que o Partido Comunista mobilizou 50 mil militantes na baixa de Lisboa, enquanto o PS se limitou a encher um cine-teatro do Porto, é a greve dos pescadores devido ao aumento dos combustíveis, a contestação das empresas de transportes de mercadorias que se preparam para contestar com mais vigor os mesmos aumentos, é a manifestação da CGTP-IN para amanhã, 5 de Junho, que espera trazer para as ruas de Lisboa muitos milhares de contestatários ás políticas devastadoras e empobrecedoras de uma população que está a viver com extremas dificuldades de subsistência.
Mas, ao que parece a contestação a estas políticas de direita, com carácter neo-liberal, que o "nosso Primeiro", José Sócrates, ou será Pinto de Sousa, e toda a comitiva de "boys" neo-liberais que praticam a actividade política mais negra, só semelhante, ao praticado nos anos 60 pelos políticos fascistas do Estado Novo, levado os portugueses a terem cada dia que passa mais dificuldades em sobreviverem aos dias que passam, os dados estatísticas estão ai Muitas crianças da grande Lisboa não comem jantar completo , ao lermos este artigo ficamos a saber que "Geralmente sentem-se felizes, gostam da escola e do bairro onde vivem. Mas quase metade (45,8 por cento) das cinco mil crianças inquiridas em sete concelhos da Grande Lisboa dizem que sentem que a família tem dificuldades financeiras.", como podemos ficar indiferentes a estes números que são a origem das práticas políticas de um grupo de tecnocratas que vive obcecado pelo défice e leva o povo á miséria demonstrando uma arrogância que nos transporta para outros tempos.
Como atrás disse, a contestação há muito que germina dentro do próprio PS, mais de uma vez o protagonista é Manuel Alegre, e mais subtilmente Mário Soares, aqueles que para o ministro Santos Silva representam a democracia, uma verdade socrática, ao contrário dos comunistas representados por Álvaro Cunhal, no entanto agora parece que essa boa ventura se desmoronou com a participação de Manuel Alegre no comício-festa de movimentos de esquerda onde Manuel Alegre declara lealdade "aos que votaram no PS e estão na pobreza", logo pela manhã Vitalino Canas diz que comício das esquerdas foi realização crítica ao PS e ao Governo e sem propostas, tentado assim dar lições de democracia a um militante pela liberdade no tempo do Estado Novo, enquanto um sem numero de "boys" da actualidade ainda andavam de "fraldas", o que levou Manuel Alegre quer que críticos tenham “juízo” e reflictam sobre o entusiasmo no comício, o "nosso Primeiro" depois dos seus "lugares_tenente" se terem pronunciado quedou-se por mais promessa e de enaltecer as boas graças das novas oportunidades e da escola formativa de novos desempregados.
E assim vamos nós de luta em luta tentando melhorar e reconquistar o temos vindo a perder com as políticas socialistas de carácter neo-liberal.
Deixo-vos ainda uma situação hilariante que se passou no parlamenteo relacionado a uma observação feira e cheia de arrogancia feita pelo "nosso Primeiro", José Sócrates, ou será Pinto de Sousa, acerca do bloquista Francisco Louça, Sócrates: uma boa piada sobre currículos, onde a ignorancia de uma alta figura do estado soa a arrogancia de um pacóvio.

Vou transcrever-vos a comparação curricular de ambos que me chegou por mail:

Actividade política:

*Louçã, nasceu em 12 de Novembro de 1956. Participou na luta contra a Ditadura e a Guerra no movimento estudantil dos anos setenta, foi preso em Dezembro de 1972 com apenas 16 anos e libertado de Caxias sob caução, aderindo à LCI/PSR em 1972 e em 1999 fundou o Bloco de Esquerda. Foi eleito deputado em 1999 e reeleito em 2002 e 2005. É membro das comissões de economia e finanças e antes comissão de liberdades, direitos e garantias. Foi candidato presidencial em 2006.

Actividades académicas:
Frequentou a escola em Lisboa no Liceu Padre António Vieira (prémio Sagres para os melhores alunos do país), o Instituto Superior de Economia (prémio Banco de Portugal para o melhor aluno de economia), onde ainda fez o mestrado (prémio JNICT para o melhor aluno) e onde concluiu o doutoramento em 1996.
Em 1999 fez as provas de agregação (aprovação por unanimidade) e em 2004 venceu o concurso para Professor Associado, ainda por unanimidade do júri. É professor no ISEG (Universidade Técnica de Lisboa), onde tem continuado a dar aulas e onde preside a um dos centros de investigação científica (Unidade de Estudos sobre a Complexidade na Economia). Recebeu em 1999 o prémio da History of Economics Association para o melhor artigo publicado em revista científica internacional. É membro da American Association of Economists e de outras associações internacionais, tendo tido posições de direcção em algumas; membro do conselho editorial de revistas científicas em Inglaterra, Brasil e Portugal; 'referee' para algumas das principais revistas científicas internacionais (American Economic Review, Economic Journal, Journal of Economic Literature, Cambridge Journal of Economics, Metroeconomica, History of Political Economy, Journal of Evolutionary Economics, etc.). Foi professor visitante na Universidade de Utrecht e apresentou conferências nos EUA, Inglaterra, França, Itália, Grécia, Brasil, Venezuela, Noruega, Alemanha, Suíça, Polónia, Holanda, Dinamarca, Espanha. Publicou artigos em revistas internacionais de referência em economia e física teórica e é um dos economistas portugueses com mais livros e artigos publicados (traduções em inglês, francês, alemão, italiano, russo, turco, espanhol, japonês). Em 2005, foi convidado pelo Banco Mundial para participar com quatro outros economistas, incluindo um Prémio Nobel, numa conferência científica em Pequim, foi desconvidado por pressão directa do governo chinês alegando razões políticas. Terminou em Agosto um livro sobre 'The Years of High Econometrics' que será publicado brevemente nos EUA e em Inglaterra. Obras publicadas: Ensaios políticos Ensaio para uma Revolução (1984, Edição CM) Herança Tricolor (1989, Edição Cotovia) A Maldição de Midas A Cultura do Capitalismo Tardio (1994, Edição Cotovia) A Guerra Infinita, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2003) A Globalização Armada As Aventuras de George W. Bush na Babilónia, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2004) Ensaio Geral Passado e Futuro do 25 de Abril, co-editor com Fernando Rosas (Edições D. Quixote, 2004) Livros de Economia Turbulence in Economics (edição Edward Elgar, Inglaterra e EUA, 1997), traduzido como Turbulência na Economia (edição Afrontamento, 1997) The Foundations of Long Wave Theory, com Jan Reinjders, da Universidade de Utrecht (edição Elgar, 1999), dois volumes Perspectives on Complexity in Economics, editor, 1999 (Lisboa: UECE-ISEG) Is Economics an Evolutionary Science?, com Mark Perlman, Universidade de Pittsburgh (edição Elgar, 2000) Coisas da Mecânica Misteriosa (Afrontamento, 1999) Introdução à Macroeconomia, com João Ferreira do Amaral, G. Caetano, S. Santos, Mº C. Ferreira, E. Fontainha (Escolar Editora, 2002) As Time Goes By, com Chris Freeman (2001 e 2002, Oxford University Press, Inglaterra e EUA); já traduzido para português (Ciclos e Crises no Capitalismo Global - Das revoluções industriais à revolução da informação, edições Afrontamento, 2004) e chinês (Edições Universitárias de Pequim, 2005) * Fonte Wikipédia

Sobre:

Sócrates, sabe-se que é engenheiro civil tirado na Universidade Independente, ainda sob suspeita de ilegalidades.

Que assinava como Engenheiro quando era Engenheiro-Técnico.

Que elaborou ou pelo menos assinou uns projectos de habitação caricatos.

Que a sua actividade política se deu com o 25 de Abril na JSD/PSD e depois no PS como deputado e como governante.

Do seu curriculum sabe-se ainda (embora ele o desconhecesse) que teve uma incursão fugaz como empresário-sócio de uma empresa de venda de combustíveis.

Quanto a curriculuns estamos conversados!

Quanto à idade devem ter diferença de meses...

Fiquem bem

1 Comments:

At 12:11 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Um artigo interessante, a comparar o que não tem comparação. este senhor Pinto de Sousa, bacharel com curso feito a martelo, não anda bom da pinha. Perdeu o estado de graça... Boa semana com tudo de bom.

 

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