Privatização da água e dos resíduos (parte II)
Com a aprovação da "proposta de Lei n.º 125/XII" o que está em causa são as formas abusivas como os governos neoliberais entendem a privatização de um bem comum como a água, tendo em conta que é o bem mais disputado pelo mundo fora, com populações que lutam por um balde de água e, temos Governantes por este mesmo mundo que negaceiam a água, como se a água não focasse um bem comum.
Vou deixar-vos á consideração um artigo da autoria de Christian Aubin, publicado no site francês "Lá Grande Relève", uma tradução feita pelo site Esquerda.Net.
Ficamos assim a saber que a 1 de Janeiro de 2010 o Município de Paris remunicipalizou a distribuição de águas, tendo com esta atitude baixado o preço em 8% em 1 de janeiro do ano seguinte. Ficamos também a saber que durante os 25 anos (1985-2010) de privatização das águas de Paris o aumento do preço foi de 260% , em Grenoble passou-se o mesmo, tendo a prestação deste bem público tido taxas de melhoria assinaláveis.
Todos estas privatizações tiveram lugar nos anos 80 quando a Europa foi percorrida por uma vaga de neoliberalismo em que a figura de proa foi a Senhora Thatcher ....
Desde Janeiro de 1999, o jornal mensal La Grande Relève abordava este assunto num número especial intitulado “Mas para onde vai o serviço público?”. No caso da distribuição da água, nós interrogávamo-nos sobre o que acontece ao serviço público quando se transforma em serviço ao público com estatuto privado... É o modelo a seguir? Perguntávamos. Dez anos depois, a resposta a esta questão é dada pelas mobilizações cidadãs que põem em causa a gestão privada da água:
Uma pergunta fica no ar, como é possível que depois de tantos anos de irracionalidade governativa ainda apareçam governantes tentando aplicar ideias de caris ideológico que só vão prejudicar os cidadãos que confiaram, neles e, os mandataram para uma boa governação e, não para os empurrarem para a exploração e miséria.
Fiquem bem.
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